Seja bem-vindo Marty McFly! (ou 2015 é o futuro)

Efemérides são algo divertido. Você provavelmente não gosta de todas (é até meio impossível até acompanhar). Mas sempre tem alguma que tem um lugar entre suas datas favoritas…

Hoje, quarta-feira, 21 de outubro de 2015, é uma das minhas. Porque envolve uma das séries cinematográficas que eu mais gosto: De Volta para o Futuro. Precisamente às 16h29, Marty McFly dá um salto de 30 anos no seu futuro, em companhia de sua então namorada Jennifer e do dr. Brown.  

A cena se dá logo no começo da parte II da trilogia e é uma das mais esperadas do mundo nerd, cultura pop, cinematográfica e por aí vai. Afinal, só eu já passei por 1984, o Dia do Julgamento Final (19/08/1997) e 2001, pra citar só alguns dos marcos cronológicos da ficção científica que deixei pra trás. Além do que a data já gerou trolladas diversas ao longo dos anos, em especial após o advento das redes sociais. Mas a onda forte e equivocada de celebração da falsa em 2013  deixou a turma muito mais esperta (até porque só teriam que esperar mais dois anos pra chegada do McFly).

de volta

Sendo assim, as “celebrações” já começaram no final do ano passado e uma série de conteúdos já roda por aí comparando o “futuro” do filme e o nosso presente (e até um evento no Facebook pra aguardar o Mcfly: embora com horário errado, já confirmei presença 🙂 Vou copiar alguns links no final do post, mas tratar da data à minha maneira, relembrando e analisando minha relação com o filme.

Sempre gostei de histórias envolvendo viagens no tempo e já tive momentos bem “fanáticos”, devorando quaisquer materiais relacionados, filmes em especial. Não era diferente em 1989, quando uma sequência de anúncios na TV anunciava a grande estréia da Tela Quente daquela semana: De Volta para o Futuro. E tinha um bônus: se eu gostasse da história, poderia ver a continuação logo, que ia estrear nos cinemas dali uns dias (ou semanas, não lembro). Fiquei então a postos e preparei o videocassete pra registrar (nem sempre vivemos num mundo de fácil acesso via internet, torrents e tal, amiguinhos), pois pensei que poderia gostar de rever.

Não deu outra: ainda que hoje eu tenha a trilogia em DVD, aquela versão gravada da TV, dublada, sem menção a marcas foi o que permitiu que De Volta Para o Futuro se tornasse o filme que eu mais revi na minha vida (estatística padrão DataSapos de qualidade :)) !!

E por gostar tanto – muito mesmo – do primeiro filme e de como ele é bom por si só, vou dizer algo que alguns podem tratar como “heresia”: eu teria parado no primeiro.

Mas segurem seus socos aí. Tá, reconheço, o terceiro e, especialmente, o segundo, têm lá suas qualidades. O segundo tem ainda o mérito de ter reunido ótimos efeitos especiais (pra época) pra contar uma história e não pra ser a história. Além das inúmeras brincadeiras e referências, que aumentaram exponencialmente em relação ao primeiro. E o terceiro certamente não foi um primor, mas até fechou relativamente bem a série (o melhor fechamento teria sido manter só o primeiro :P). Mas a maior delas, a meu ver, é ter consolidado naquela geração (e nas seguintes) a vontade de saber um pouco mais e discutir sobre conceitos relacionados a viagem no tempo. Tanto em relação às possibilidades de criação da máquina do tempo, universos paralelos, questões éticas… Talvez nunca antes tratar desses assuntos tenha sido tão divertido!

Considerando que sequer temos carros voadores, a viagem no tempo idealizada pelo dr. Brown ainda está bem longe de acontecer, mesmo neste “futuro” de 2015. Nos resta então viajarmos com a tecnologia disponível…

Livros, fotos e vídeos ainda são boas formas de nos conectar ao passado (para rever tanto a nossa própria história como a História com agá maiúsculo). E aquelas brincadeiras tipo “escreva uma carta para você daqui a cinco anos” ou uma versão mais elaborada, as tais cápsulas do tempo são formas de se viajar ao futuro (em sua produção) e ao passado (quando lidas/abertas). Recomendo, eu mesmo utilizo todos estes recursos. Certamente não são tão estilosos quanto um DeLorean voador, mas também, né?

Bão, tudo isso aqui pra dizer basicamente que agradeço demais ao dr. Brown, ao Marty, ao Capacitor de Fluxo (inclusive esta peça é uma das coisas que eu sempre digo que levaria a uma ilha deserta naquelas brincadeiras – se eu posso levar qualquer coisa, por que não um capacitor de fluxo?), ao Robert Zemeckis (que levou ainda mais a sério essa coisa de “efeitos em prol da história” posteriormente com o igualmente divertido Forrest Gump) e toda a trupe que criou esse universo que se tornou De Volta para o Futuro. Sejam bem vindos, McFly e dr. Brown ao futuro!

PS1: Este post mesmo brinca com essa coisa toda. Embora produzido no dia anterior, programado pra ir ao ar no “futuro”, à meia-noite e um (que ainda é nome de outro filme de viagem no tempo, hein, hein?) de 21 de outubro de 2015.

PS2: aliás, aproveitei a onda e encomendei meu primeiro DeLorean voador. Tá, no caso é uma miniatura e não voa de verdade, muito menos viaja no tempo. Bom, de certa forma, porque ele chegará em algum momento, no futuro…

Garanta a sua trilogia De Volta para o Futuro (ou apenas o filme da série que mais gosta) em Blu-Ray ou DVD!

E leia mais sobre a série De Volta para o Futuro abaixo. Tantas curiosidades, inclusive que um jovem Frodo contracenou com McFly, quem diria…

Previsões certas e erradas do 2º filme

Outro post com erros e acertos nas previsões

Curiosidades sobre o primeiro De Volta para o Futuro

 

Ricardo Tayra é jornalista e produtor cultural, criador e editor do SaposVoadores